Provavelmente, você já ouviu esse nome na televisão ou leu algo sobre na Internet, não é mesmo? Eu fui atrás de mais informações para entender melhor o que era esse tal desafio e fiquei bastante preocupada com o que vi, por isso achei melhor escrever um pouco sobre ele.
O Desafio da Baleia Azul teve origem na Rússia e funciona da seguinte forma: adolescentes são convidados a participar de grupos fechados no Facebook e Whatsapp e lá são convocados a realizar 50 desafios. Entre as tarefas, eles têm que realizar atos de automutilação, assistir filmes de terror na madrugada e, no final, cometer suicídio.
E aí surgem as perguntas: Por que alguns adolescentes cumprem esses desafios? Por que eles colocam suas vidas em risco por um jogo macabro como esse?
Bom, quando falamos em adolescência, é importante saber que essa é uma fase muito difícil na vida de qualquer pessoa. Durante a juventude, a pessoa passa por mudanças físicas, hormonais e sociais. Ela deixa de ser uma pessoa totalmente dependente e passa a ter certas responsabilidades. Ao mesmo tempo, há uma cobrança do grupo social em se adequar e ser aceito. Diante de tantas mudanças, o risco do surgimento da depressão é grande. A pressão pela escolha de um curso no vestibular, por ser aceito em uma universidade, por conseguir se relacionar, isso tudo pode gerar uma sensação de esgotamento para o adolescente.
Por isso, esses jogos podem se tornar atraentes para aqueles que já não estão se sentindo bem emocionalmente. Como há muita angústia e muitos questionamentos, alguns jovens podem perder a esperança em encontrar uma saída para o turbilhão de emoções e, infelizmente, muitos acham no suicídio uma resposta.
Sendo assim, peço que esse desafio sirva de alerta para todos que convivem com adolescentes. Passe a olhar e a conhecer os jovens que fazem parte da sua vida. A descoberta e as experimentações fazem parte da adolescência. Mas se você perceber que há irritação extrema, falta de motivação para realizar atividades, dificuldade em se abrir, isolamento social, machucados pelo corpo, busque ajuda!! Procure a ajuda de um profissional de saúde mental.
E, se você se identifica com o que escrevi, converse com alguém, busque ajuda! Você não está sozinho. A melhora é possível e tenho certeza que tem muita gente que te ama e se preocupa com você!!