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  • Psicóloga Cecília Weiller

Qual a diferença entre psicólogo e psiquiatra?


Muitos pacientes chegam à primeira sessão com a mesma dúvida:

“Eu não sei se deveria ter buscado um psicólogo ou psiquiatra.

Qual a diferença? ”

Diante de tantos questionamentos, decidi escrever um texto para esclarecer essa dúvida tão comum.

A primeira diferença é: formação.

Para se tornar um psicólogo, o profissional deve concluir o curso de graduação em Psicologia. Durante sua formação, serão desenvolvidas técnicas e competências específicas para que o profissional possa atuar em diversas áreas. Além da clínica, o profissional de psicologia pode atuar na área organizacional, pública, jurídica, pesquisa e hospitalar. Ou seja, são várias possibilidades de atuação.

Para se tornar psicólogo clínico, não é necessário cursar uma especialização. Após a conclusão do curso de Psicologia, o profissional já está apto para realizar atendimentos psicoterápicos. No entanto, muitos optam por se especializarem em uma abordagem, uma vez que dentro da Psicologia existem diferentes formas de atuação clínica – assunto que irei me aprofundar melhor em um próximo texto.

Já o psiquiatra é um profissional formado em Medicina com especialização em Psiquiatria. Durante a graduação, o conteúdo passado é bastante amplo, dando uma visão geral do corpo humano. Durante sua especialização é que será possível focar o conteúdo teórico e prático no campo da saúde mental.

Resumindo, então, psicólogo se forma em Psicologia e psiquiatra é um médico especializado em Psiquiatra.

E como essa diferença se vê na prática?

Através da descrição feita acima, é possível perceber que o foco de cada profissional é um pouco diferente. Ambos têm como objetivo cuidar da saúde mental dos pacientes, buscando oferecer maior qualidade de vida para eles. No entanto, o psicólogo fará isso através da observação das relações interpessoais do paciente, do seu comportamento e como ele reage a determinadas situações. Já o médico terá uma visão mais orgânica, voltada para as reações físicas e químicas que ocorrem no corpo e na mente do paciente.

Uma das principais diferenças, portanto, é o fato de o médico psiquiatra poder prescrever medicamentos, coisa que o psicólogo não pode fazer de forma alguma.

Outra diferença importante é: o formato das consultas ou sessões.

A consulta com o psiquiatra geralmente ocorre uma vez por mês. Nesses encontros o profissional irá buscar entender como está o humor do paciente e será avaliado a necessidade de uso de medicação ou aumento/diminuição das doses dos remédios que já foram prescritos.

Já as sessões com o psicólogo ocorrem uma ou duas vezes por semana, cada sessão com duração de mais ou menos 50 minutos. Nesses encontros, serão trabalhadas as emoções do paciente, sua história de vida, suas angústias, objetivos futuros e como ele está lidando com tudo isso e com os sintomas que possa estar tendo, como traços ansiosos ou depressivos.

Diante disso, você ainda pode se perguntar: mas qual profissional devo procurar? E eu te respondo: depende.

Depende de como você está emocionalmente e qual será o seu objetivo.

O ideal é buscar um profissional de psicologia para que ele possa fazer uma avaliação. Em uma primeira sessão, você poderá explicar com detalhes o que impulsionou sua busca pelo atendimento, como você está se sentindo e quais são os seus objetivos. Com essa conversa, ele poderá avaliar se apenas a psicoterapia será suficiente, ou se o atendimento psiquiátrico também será necessário.

Caso seja feito uso de medicação, é fundamental continuar também com as sessões de psicoterapia. O remédio irá agir nos sintomas, como ansiedade, tristeza profunda, pânico, insônia. Mas será durante o trabalho psicoterapêutico que serão trabalhadas as possíveis causas que deram origem aos sintomas. Ou seja, o trabalho multidisciplinar, entre psicólogo e psiquiatra, é fundamental para que o paciente possa ter um cuidado completo da sua saúde mental.

Então, se você estava na dúvida entre qual profissional procurar, deixe a dúvida de lado e vá atrás de um psicólogo para fazer uma avaliação. E se o tema ainda parece um pouco confuso, não tenha receio de entrar em contato para perguntar.

O objetivo é que você se cuide e dê atenção àquilo que esteja te incomodando. Não deixe sua saúde mental para depois. Mente e corpo andam juntos, não adianta dar atenção para um e esquecer do outro, hein?

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